A história da arte…Nas unhas!


Na próxima vez que você escolher um esmalte lembre-se que esse ritual se repete há 7.000 anos. Isso mesmo – a história do esmalte ou nail art é longa e cheia de altos e baixos, momentos geniais, apetrechos e muito mais.

O It Some Girls retrocedeu na história para entender melhor a prática da decoração dos dígitos que se estende por civilizações e continentes. Aparentemente, nós não somos as únicas que gostam de ter as unhas feitas.

Com vocês, a ilustre história ilustrada das unhas:

5000 aC – Embora a origem exata dos cuidados com as unhas seja obscuro, muitas  fontes dizem que tudo começou na Índia, as mulheres tingiam suas mãos com henna – prática que continua até hoje.

 

 

 

 

 

 

 

 

3000 aC – Os chineses criaram uma complexa formula de goma-arábica, gelatina, cera, tintas vegetais e clara de ovos. Pétalas de rosa e orquídea contribuíram para produzir tons do rosa ao vermelho, mas a aplicação do “esmalte” era complicada e por vezes, deveria ser feita durante a noite, para produzir um efeito pigmentado diferente.

 

 

 

 

 

600 aC Durante a dinastia chinesa Chou, os aristocratas preferiam exibir longas unhas prateadas e douradas. Ponteiras adornadas com jóias protegiam as unhas e eram símbolo de riqueza.

 

 

 

 

 

 

 

 

0-1800 AD – Por um longo período durante a Idade Média, fazer as unhas era  mais ou menos considerado uma coisa do passado. De fato, era a idade das trevas! Foi durante a Renascença que a velha tradição de fazer as unhas voltou a moda entre as ricas mulheres europeias – embora evitassem qualquer tipo de pigmento.

No entanto, houve um ponto positivo neste período; no século 15, oceanos de distância, os Incas inventaram as “unhas artisticas” que conhecemos hoje, eles decoravam as unhas com complexas imagens de águias.

 

1800 – 1900 – Na era vitoriana usavam somente um simples óleo vermelho claro polido com camurça. Esse tratamento minimalista foi em parte devido aos transparentes ideais de beleza interior, higiene física e pureza moral. A etiqueta recomendava somente suco de limão e vinagre para clarear as pontas das unhas, Flauber comparou em seu mais famoso romance (1856) as unhas de Emma Bovary com o mais claro e limpo marfim.

 

 

 

 

1920 – A era irreverente melindrosa dos anos 20 vestia roupas novas e uma nova atitude. Revigorou a cena das unhas com o vermelho old-school, assim como a manicure meia lua.

 

 

 

 

 

 

 

 

1930 – Em 1932, A Revlon lança a sua primeira linha de esmaltes com cores nunca vistas antes! Era possível estar na moda de forma bem econômica durante a Depressão. Inspirado nas tintas automotivas, o maquiador Frances Michelle Menard teve a ideia de usar cores solidas ao invés de somente tingir as unhas. A partir daí, os irmãos Revlon e o químico Charles Lachman colocaram a mão na massa e criaram o esmalte que conhecemos hoje.

 

 

 

1930 – 1950 – Em 1934, o dentista Maxwell Lappe criou o primeiro conjunto de unhas postiças para os pacientes que roíam unhas. Em 1955, outro dentista, Frederico Slack, que após tentar consertar uma unha quebrada com o acrílico, acidentalmente inventou as chamadas extensões de acrílico para unhas.

 

 

 

 

 

 

1960 – Unhas em tons pastel eram populares nos anos 60. Estrelas como Farrah Fawcett e Goldie Hawn combinavam as cores das unhas com os olhos e os cabelos. As unhas ficaram mais naturais.

 

 

 

 

 

 

 

 

1970 – A prática de aplicar longas unhas falsas tornou-se generalizada. Para corresponder a demanda, o número de salões cresceu consideravelmente. Em 1976, o norte-americano Jeff Pink criou a francesinha, perfeita para as ocupadas estrelas de Hollywood.

 

 

 

 

 

 

 

1980 – Assim como na moda, houve uma explosão de esmaltes coloridos e nada tímidos. Tinha de tudo, do neon ao glitter.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1990 – Os anos 90 trouxeram o minimalismo, cores tradicionais como vermelho, nude, e rosa voltaram à moda. Os fãs do grunge também tiveram seus momentos, com esmaltes propositalmente lascados.

Até pouco tempo atrás houve um revival da modinha, lembram?

 

 

 

 

 

 

2000 – Com texturas modernas, brilhos e enfeites, as unhas passaram de simples à um plano elevado. Tem havido um nível de interesse sem precedentes nas unhas artísticas ou nail art, bem como na industria das unhas. Hoje, mãos bem feitas não é somente uma questão de higiene e boa aparência, mas sim um acessório poderoso na hora de compor um look, além de refletir a personalidade e o estado de espírito.

 

 

 

 

Qual a história das suas unhas? Conte para a gente, qual é a sua moda e estilo preferido!

Perfumes


O perfume é uma mistura de óleos essenciais aromáticos, álcool e agua, utilizado para proporcionar um agradável e duradouro aroma ao corpo. NÃO É SÓ ISSO!! Por traz do perfume que usamos hoje tem toda uma história tão antiga quanto a humanidade. Confira os passos dessa história até os atuais frasquinhos que tanto amamos:

Pré-história: Homens das cavernas melhoravam o gosto dos alimentos queimando madeiras e resinas.

Egito Antigo: Para ritos religiosos os egípcios honravam seus deuses “esfumaçando” os ambientes e produzindo óleos perfumados.

Grécia Antiga: Os gregos usavam perfumes que tivessem características medicinais, essas novas fragrâncias eram trazidas através de suas expedições.

Império Islâmico: Uma contribuição fundamental para a evolução da perfumaria foi a invenção do alambique, pois após esse acontecimento foi possível começar a destilação de  matérias-primas.

Século XII: Para higiene pessoal e para prevenir doenças, os cristãos usavam fragrâncias. Em 1370, o primeiro perfume a base de álcool foi feito especialmente para a rainha da Hungria, Elizabeth.

Século XVI: Fato importante foi quando houve a fusão de duas profissões: a de curtir o couro e a de perfumista, pois a moda dessa época eram as luvas perfumadas usadas pelos nobres da corte.

Idade Média: O perfume é muito usado nos ambientes de banhos públicos.

Século XVII: Época do auge de fragrâncias “animálicas” (extraído de animais). Perfumes intensos com civete e musk.

Renascimento: O auge da moda são os perfumes com fragrâncias doces, florais ou frutais.

Século XVIII: Os cristãos passam a perfumar as cinzas na Quarta Feira de Cinzas. Nesta época os perfumes começam a serem reconhecidos por sua sedução e sensualidade, surgem várias novas fragrâncias e frascos diversificados.

Século XIX: A França se torna capital mundial da perfumaria, através da cidade de Grasse, região de Provence.
Os aromas encontrados na natureza são reproduzidos artificialmente através da química, dai o surgimento das matérias primas sintéticas.

Campos de lavanda em Grasse.

1900 – 1920 – A virada do século e a eletricidade marcaram o início de uma nova era.
Madame Curie descobriu o urano, época em que os primeiros Zepelins atravessavam o céus…
É lançado o Chypre com aromas de patcholi e musgo que deram nome a várias famílias futuras, inspirando muitos clássicos nas décadas seguintes. Nessa época as mulheres começaram a trabalhar.

ANOS 20 – Época do Charleston e das novas notas olfativas para tentar acompanhar a evolução da moda. A década de 20 foi uma das mais criativas na área da perfumaria.
Nasceu Chanel nº 5, o primeiro perfume com materiais sintéticos. Aliás, ao que parece, um assistente do perfumista francês Ernest Beaux teria errado na composição da fórmula da fragrância encomendada pela figurinista Coco Chanel. Em vez de apenas 1% de aldeído undecilênico, a solução recebeu acidentalmente uma dose dez vezes maior. A fragrância resultante foi considerada extraordinária e deu início a um “boom” no uso dos aldeídicos na fabricação de perfumes.

Shalimar Guerlain, 1925

ANOS 30 – Notas orientais (misturas com baunilha) são o máximo da época e dá-se o retorno de algumas fragrâncias clássicas. Greta Garbo, Katharine Hepburn e Jean Harlow dominavam as telas de cinema. Contrariando os tempos de crise, o estilista Jean Patou lançou Joy, o perfume mais caro do mundo. 

ANOS 40 – Paris era a capital do luxo e Nova Iorque ditava o contemporâneo. Hollywood virou a fábrica de sonhos. Os cabelos de Rita Hayworth inspiravam a moda e as curvas de Mae West motivaram a criação do perfume Femme de Rochas.

Femme de Rochas

ANOS 50 – A sofisticação e a inocência de Audrey Hepburn foram traduzidas no perfume L’Interdit de Givenchy. Chanel nº5 ganharia a mais célebre das garotas-propaganda, que confessava dormir apenas com algumas gotas do perfume: Marilyn Monroe.

L interdit, Givenchy

ANOS 60 –  Beatles e os Rolling Stones embalavam o rock dos anos 60. Surgiam as minissaias e a modelo Twiggy, musa da extrema magreza. As grandes mudanças de comportamento eram marcadas por fragrâncias que evocavam a liberdade. Em plena era de Woodstock, as notas florais e aldeídicas são predominantes em quase todas as criações. Madame Rochas foi inspirado no Chanel n 5 mas com um toque de modernidade.

Madame Rochas

ANOS 70 – A grande descoberta da época foi a categoria dos orientais para as mulheres que gostavam de provocar. Yves Saint Laurent lança o Opium.

ANOS 80 – Época do consumismo. Surgiram os florientales. Houve um aumento dos perfumes florais doces.  Dior lança o Poison.

Poison da Dior. Repare que a imagem da mulher diante do espelho forma uma caveira.

ANOS 90 – A década foi marcada pela globalização e pela interatividade e a perfumaria por dois ícones: o unissex CK One e o saboroso Angel. A moda voltava-se para o minimalismo.

 2000  – Volta ao romantismo, florais, novos aldeídicos, novos Chypres, novos orientais. Releitura dos clássicos com formulas mais modernas.

Hoje os perfumes são muito acessíveis, tem para todos os gostos e bolsos. Fiz uma Wishlist com os últimos lançamentos, confira;

Mix feliz de framboesas e peônias, fora a embalagem linda do Oh, Lola - Marc Jacobs

Vanilla e Sândalo trazem a sensação de conforto de um abraço quente. DKNY - Golden Delicious

A embalagem Art Nouveau é um chame a parte. O Prada Candy enche a boca d`agua com um mix de mel, baunilha e caramelo, bem docinho e feminino.

O Fan di Fendi tem cheiro de rica e atrai riqueza com notas de couro, tangerina da Calábria e jasmim. O frasco é uma verdadeira jóia.

O Body da Burberry é para se sentir feminina e poderosa, ele traz notas de absinto verde, associado ao frescor do pêssego, rosas, frésias e íris. O toque final fica por conta das notas de sândalo, âmbar, almíscar e baunilha.

CK One Shock é para chegar e roubar a atenção, ele tem notas de jasmim e de frutas mergulhadas em chocolate. Yummmy!!

Trésor Midnight Rose traz o mistério da flor que só abre a meia noite. Notas de groselha negra e pimenta rosa.

O Too Too da Betsey Johnson lembra alegria e vontade de dançar, graças as notas de morango e maracujá. Pena que ainda não tem no Brasil mas dá para encontrar nas Sephoras gringas.